segunda-feira, 9 de abril de 2012

INVEJA

Um sentimento que afeta sobremaneira a vida das pessoas é a inveja. Este sentimento vil, mesquinho, dissimulado e sujo, pode se constituir num entrave, tanto para o invejoso quanto para o invejado. Inveja é aquele sentimento feio do qual nos envergonhamos, e que negamos sentir. Nos impede de ver a luz, o brilho e o talento do outro. Ele nasce da comparação. Ao nos compararmos com o outro nos julgamos inferiores, humilhados e pequenos. Causa inveja a situação financeira, prestígio, talento, simpatia, etc. É bom não confundir inveja com admiração. Enquanto o segundo é um sentimento saudável e edificante, o primeiro é venenoso e negativo. O ódio, a maledicência, a calúnia, derivam da inveja, como também o excesso de vanglória. O invejoso utiliza-se de dois mecanismos de defesa: Um deles é , aumentar o significado de seus próprios feitos, exagerar sua próprias realizações. E a outra é tentar diminuir o outro, tirar-lhe o brilho através das críticas e comentários maldosos. Ele adora a igualdade, e não quer que ninguém se sobressaia. Se lhe pedissem que escolhesse entre o próprio sucesso e o fracasso alheio, não hesitaria em escolher o segundo."Somos obrigados a acreditar na sorte. Afinal, sem ela, como explicar o sucesso das pessoas que detestamos ?" ( J. Cocteau )
A frase acima mostra bem o quanto é difícil ao invejoso assimilar o sucesso alheio. Nem sempre admitimos, mas incomoda, porque a comparação é inevitável. É comum alguém que está enriquecendo ser alvo das más línguas que atribuem o seu sucesso [...] Ao lançar mão destes artifícios, o invejoso engana a si mesmo e consegue dormir em paz sem precisar encarar sua própria incompetência, preguiça e falta de objetivos na vida. Quando vemos alguém fazendo sucesso, não devemos invejá-lo, e sim imitá-lo, seguir seu exemplo. Lembre-se daquela antiga frase de pára-choque: “não me inveje, trabalhe”.
Você não precisa e não deve sentir inveja de ninguém. O que o outro faz, você pode fazer. Basta ser tão competente e trabalhador quanto ele. Siga seu exemplo. Antes de dizer que alguém tem sorte, nasceu de "quina pra lua", procure ver primeiro a sua trajetória. Certamente irá se surpreender com as horas, dias e anos dedicados a estudos, planejamentos, trabalho árduo, e verá que tal sucesso não aconteceu por acaso, ao contrário, foi planejado, sonhado e decidido em cada detalhe.
"O verdadeiro amigo não é o que é solidário na desgraça, mas o que suporta seu sucesso". (Vera Loyola)
Realmente, a solidariedade na alegria é muito rara. A alegria incomoda. Por isso é que se diz que amigo é aquele que continua gostando de você, apesar de seu sucesso.
Quando alguém prospera, dizem as más línguas que esta pessoa torna-se esnobe: “Fulano não liga mais para pobres”, dizem. Mas o que freqüentemente ocorre é que os medíocres é que o evitam, não conseguindo suportar seu sucesso, preferem deitar falação pelas costas. O alvo de seus comentários maldosos, às vezes tenta um convívio em nome da antiga amizade, mas , coitado não consegue. Não se sente à vontade diante das ironias, das indiretas e não suporta o baixo astral do papo, o negativismo, que só sabe reclamar da vida e ver desgraças em tudo. O invejoso não sabe que agindo assim está fechando para si qualquer possibilidade de sucesso. Ao concentrar sua mente neste sentimento indigno que é a inveja, ao condenar o bem para outrem, estará condenando-o também para si mesmo, pois uma vez que sua mente subconsciente entendeu algo com sendo ruim, passará a repeli-lo a todo custo. Enquanto não mudar seu modo de encarar as coisas, sua maneira de pensar, enquanto estiver mergulhado neste mar de negativismo e rancor, não conseguirá prosperar. Sua mente estará trabalhando contra. Ele será sua maior vítima. Vítima de seu próprio estado mental, de seu próprio veneno. É o caso típico do feitiço virando contra o feiticeiro.
Há uma outra atitude, nociva que também é movida pela inveja, devendo ser evitada. É a pessoa, se sentindo inferiorizada, diminuída pelo sucesso do outro, procura imitá-lo, não nas ações acertadas, mas nas aparências, querendo usar o mesmo carro ou até um modelo mais caro, freqüentar os mesmos ambientes, colocar os filhos nas mesmas escolas, etc. Ninguém precisa nem deve lançar mão de falsas aparências para provar que é tão bom quanto o outro. Há maneiras mais produtivas de fazê-lo. Basta ser de fato tão bom quanto ele, fazer o mesmo que ele fez: Trabalhar com o mesmo afinco, com a mesma eficiência, planejar como ele planejou, estabelecer metas e cumpri-las rigorosamente como ele fez, querer realmente o sucesso e estar disposto a pagar o preço porque nada no mundo vem de graça.

- O invejoso sempre acha que o culpado pelo seu fracasso é o sucesso do outro e nunca ele mesmo.


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