sexta-feira, 12 de setembro de 2014

É quando você ouve um nome.

E que nem ao menos se refere aquela pessoa, mas você se recorda. Fica aéreo de repente e parece mesmo se desligar do que há em volta. É pego desprevenido. O mundo real se fecha em cortina. Lembranças tomam a cena e retornam a cabeça. Sentimentos reafloram e em questão de milésimos de segundo uma saudade – que parecia adormecida – volta a latejar com força. Cada centímetro do corpo sente uma pontada e se preenche dela.
(...)

O tempo, tão relativo e único que cada um tem o seu, pode até ser curto entre o presente o último encontro. Entretanto, sabe-se lá o tamanho do sentimento que existe. Ainda assim, mesmo que se contem dias, semanas, meses e anos, tudo isso pode ser pouco perto do quanto se queria estar junto naquele exato instante.

É aí, num momento relativamente bobo em que não se tinha intenção, que você se dá conta, reafirma e perde qualquer dúvida sobre algo que o peito já tinha certeza: aquela pessoa é e sempre foi especial.


[ Gustavo Lacombe ]

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